segunda-feira, 18 de maio de 2020

Crônica de uma visão distorcida

Eu vi dois caras se pegando no Metrô. Que terror.
Um grandão com quase dois metros, braço musculoso e meia barriguinha. O outro era mediano, como dizem, meio troncudo.

Era tanta agarração que dava nojo. Os braços se encontravam aos montes, cabeça com cabeça, rolou até mordida. Pouca vergonha, ainda bem que minha filha não estava por perto, seria um mau exemplo. O grandão chega babava, enquanto o outro, espumando, falava várias indecências.

Ao meu lado estava um senhor, o qual interroguei sobre aquela pouca vergonha. - É por causa do futebol!

Só aí notei que o grande usava a camisa de um time, enquando seu oponente estava vestido com uma regata do time adversário.

Olhando pro outro lado, percebi que dois homens abraçados trocavam carícias e beijos, deu pra ouvir que eles faziam planos, entre os quais: adotar uma criança.

Incrível, enquanto uns se animalizam por banalidades 
(futebol), outros humanizam (com amor). 

Ainda há esperança.